MISSÕES - ANUNCIANDO O DESEJADO DAS NAÇÕES

Eu e minha mulher temos dedicado parte de nossas vidas ao ministério de promoção de missões. Com alegria temos ido a diferentes lugares onde o Senhor nos tem enviado para ensinar e pregar sobre esse tema. Nessa palestra, por graça do Senhor, desejamos compartilhar com você alguns conceitos que envolvem as questões missionárias e os seus desafios.

Não é nosso propósito esgotar o assunto nem propor uma forma definitiva de atuação. Entretanto é importante que se saiba que vocações e envolvimento com missões não acontecem ao acaso, mas sempre serão fruto de permanente e contínuo ensino bíblico, oração e muita informação do campo missionário. Queremos encorajar você a perseverar firme nesse ministério para o qual o Senhor lhe tem chamado e comissionado. O nosso desejo e a nossa oração é que você veja esse trabalho como de fato é: Um Ministério.

Em oração, trazemos a essa conferência algumas questões desejando que por elas sejamos incentivados a ir mais longe e mais rapidamente proclamando o Desejado das nações! (Mc 16.15/Ag 2.7).

Introdução
Continuamente a história do povo de Deus na antiguidade tanto quanto agora tem sido marcada pelo chamado e envio de homens e mulheres que receberam missões específicas para laborarem no serviço do Mestre. Desde Enos (Gn 4.26) quando se começa a invocar o Nome do Senhor, Noé, Abraão, Enoque, Jonas, Débora, Jeremias, Maria, Pedro, Paulo, Gunnar e Frida Vingren, Daniel Berg, Otto e Adina Nelson, Euclides Arlindo Silva (primeiro missionário enviado pela Igreja Assembleia de Deus em Salvador) e tantos outros. 

Quatro princípios básicos
Questão importante: Há indicadores eclesiais no Novo Testamento que formatem um modelo missionário permanente para a igreja? Vejamos:

1. A igreja existe para estender o Reino de Deus em toda a terra. Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus (Ef 3.10);

2. Cada membro deve ser treinado e preparado para participar deste propósito glorioso. E alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão e Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado Marcos (At 15.36,37);

3. A experiência íntima do amor de Cristo é o poder que capacita para este fim. E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti (Mc 5.18,19);

4. A Palavra de Deus e oração é o segredo, a fonte, de tudo isto. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram (At 13:3).

Os Morávios
Cerca de duzentos anos após a Reforma Protestante de 1517 os morávios do século 18 em Hernhut, na Alemanha, iniciaram um projeto de envio de missionários à todas as nações. Mais de 2150 membros de sua igreja foram enviados como missionários naquele período. A ação missionária utilizou pessoas simples e comuns de coveiro a lavrador, de sapateiro a oleiro e até como escravo vendido. Na história da igreja moderna a concepção sobre missões nunca mais foi a mesma depois dos morávios.

Influenciando tudo a sua volta
A Igreja dos Irmãos Morávios continua ativa hoje, mas seu legado é visto também em outras denominações. John Wesley foi grandemente influenciado pelos morávios e incorporou algumas de suas preocupações ao movimento metodista. William Carey, muitas vezes considerado o pai das missões modernas, estava, na verdade, seguindo os passos dos missionários morávios. Comentou ele em determinada ocasião. “Será que não poderíamos seguir seu exemplo e, em obediência ao Senhor, ir ao mundo e pregar o evangelho”?

A igreja brasileira
É fruto do trabalho de missionários que vieram de outros países. Os primeiros: irmãos hunguenotes em 1557 no Rio de Janeiro; depois reformados holandeses no Recife em 1624. Luteranos no Rio Grande do Sul e metodistas em São Paulo no inicio do século 19; batistas na Bahia e presbiterianos na capital federal na metade desse mesmo século. Por último suecos e ítalo-americanos trouxeram o agora centenário movimento pentecostal representado pela Assembleia de Deus e Congregação Cristã no Brasil.

Hoje continuamos desafiados com os clamores inadiáveis e as urgências do campo (Mt 9.37,38; 13.38). A Janela 10/40, as mais de 100 tribos indígenas brasileiras sem presença de igrejas e missionários são apenas alguns poucos exemplos da realidade atual.     

O nosso participar
1)  Como anunciar, proclamar a Cristo nas nações a partir da congregação local?

2) O atual modelo de visão e valores missionários é contemporâneo, atendente as demandas atuais?

A questão vocacional
1)  Fui realmente chamado, tenho convicção? 

2|)  Para o que fui chamado, qual o meu lugar?

3)  Como fazer para atender esse chamado?

Qual a minha parte
1) Com Joelhos que oram? Pés que vão? Mãos que abençoam?

2)  Como posso me envolver?


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Palestra ministrada na 11ª Conferência Missionária da AD/Mata Escura em 13/11/2011
por Robespierre Machado, pastor nas Assembleias de Deus em Salvador
robespierremachado@gmail.com

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